À minha mãe adorada! Good Times, Bad times...

Alguém lembra do Windows 95 e do clipe de Edie Brickell chamado de "Good Times, Bad Times"? Sabe de quem eu mais lembro? Da minha mãe, Vitória, vugo Dora. Ela parece essa música: calma e tranquila... 

Ela é o nosso elo, o terceiro fio da nossa corda... ela é a nossa Vitória! Eu não sei o que me faz lembrar a minha mãe em termos de comida, porque ela come de tudo e gosta de tudo, exceto cozinhar. Eu pensei, pensei, pensei... e eu não sei o que colocar.  Maxixe, talvez. Eu sei que ela adora aquilo. Mas não dá, eu simplesmente não consigo comer. Eca!!!

   

Apesar da pouca idade, já passei por muitas coisas na vida e minha mãe sempre ali, rente comigo, ombro a ombro. Quando eu precisei ficar internada por muito tempo, cansei da comida do hospital e já não queria mais comer aquele negócio insosso. Foi quando ela levou um prato com Sopa de batata e frango. Acho que esta foi a comida que mais gostei na vida, mesmo depois de 21 anos, nunca esqueci. 


E hoje trabalhando com crianças que sofrem a mesma angustia do tempo prolongado de hospitalização, eu posso perfeitamente compreendê-las. 


Dentre suas iguarias culinaristicas, temos os famosos pratos: Arroz com Brocólis, já postado antes, Arroz papado com pimentão e carne moída, que todo mundo cai matando lá em casa quando tem, o Macarrão com pimentão, um clássico, o Bobó de camarão e a Mariscada.  

Eu, Bau, Soca, Madhio, Mau, Mó e aquela mão é do meu pai,
morto de ciúme porque o café da manhã foi para mainha:
O que Deus construiu nada pode derrubar

Se eu pudesse, mãe, eu sofreria e choraria cada lagrima que você derramou e derrama. Eu só consigo amá-la menos que Deus. Você é o elo que uniu de amor nossa família. Responsável pela nossa conduta e nossos valores. Sei que nós, quando reunidos, somos você. Aliás, não só nós, seus filhos, mas Francis, Vanessa, Jemima, Lívia... todas que foram criadas aos seu redor.


Resumindo a minha chef Vitória: Cozinhar nunca foi o seu forte, quando vai para a cozinha, é uma perturbação no meu juizo: "tá demais, tá de menos, pra que isso??" e depois eu descubro que quando preparo algo é dela que espero a última aprovação, pois sei que sua especialidade mesmo é comer. Agradeço desde já pela paciência e por ter aberto a sua cozinha muitas vezes para que hoje eu pudesse saber pelo menos colocar o feijão no fogo e não queimar.  Mas a verdade é uma só: Mãe, te amo!